A Pharmaceutical Group of the European Union (PGEU) publicou o seu relatório anual sobre a escassez de medicamentos, revelando que todos os 28 países participantes relataram dificuldades no abastecimento de fármacos em farmácias comunitárias ao longo de 2024. A situação permaneceu tão grave quanto no ano anterior, o pior já registado.
Principais Conclusões
- Escassez generalizada: Todos os países europeus enfrentaram falta de medicamentos, especialmente antibióticos, remédios cardiovasculares e para o sistema nervoso.
- Impacto nas farmácias: Farmacêuticos gastam, em média, 10,6 horas por semana lidando com a escassez – um aumento alarmante comparado aos anos anteriores.
- Prejuízos para os pacientes: A falta de remédios causa interrupções no tratamento, aumento dos custos para os pacientes e perda de confiança no sistema de saúde.
- Disparidade entre países: Enquanto algumas nações implementaram medidas emergenciais, muitas ainda não possuem um sistema eficiente de monitoramento ou alternativas ágeis para mitigar a crise.
Principais Causas da Escassez
- Problemas na fabricação (68%)
- Estratégias nacionais de precificação e compras (54%)
- Aumento inesperado na demanda (50%)
O Que Pode Ser Feito?
A PGEU faz um apelo por medidas urgentes dos governos e da União Europeia para garantir um fornecimento mais estável de medicamentos. As recomendações incluem:
- Maior transparência e compartilhamento de informações sobre escassez
- Expansão do papel dos farmacêuticos na substituição de medicamentos indisponíveis
- Reformas na legislação farmacêutica para evitar rupturas no abastecimento
- Melhor compensação financeira para as farmácias que lidam com a crise
A escassez de medicamentos é uma crise de saúde pública que exige respostas rápidas e eficazes. O relatório da PGEU, que pode ser acedido aqui, reforça a urgência de ações coordenadas para evitar que milhões de europeus fiquem sem acesso aos tratamentos de que necessitam.
Em Portugal, esforços já estão a ser feitos para combater a escassez de medicamentos. De forma a garantir uma resposta mais eficaz à escassez e a proteção dos doentes, O INFARMED I.P. anuncia novas regras para reforçar a gestão da disponibilidade de medicamentos.